Descubra qual o número ideal que separa os amadores dos profissionais, e veja onde você se encaixa.

Seria mentira falar que um número de seguidores alto não é um bom cartão de visitas. Muitas vezes um alcance de 10, 50 ou 100 mil seguidores, por exemplo, substitui qualquer curriculum ou mídia kit. A transformação digital e o surgimento de um novo jeito de consumir informação fizeram com que anônimos se tornassem celebridades da noite para o dia literalmente.
Mas aqui paira a dúvida, afinal de contas, qual o número de seguidores eu preciso atingir para me auto proclamar Digital Influencer? Apesar de essa resposta ser RELATIVA (assim como a maioria das respostas, quando falamos de marketing digital), o cenário mudou tanto desde o surgimento do termo que praticamente com apenas “um” seguidor você já pode influenciar alguém – desde que não seja sua mãe que te segue só para te fazer feliz. Grandes marcas já olham para influenciadores pequenos, chamados de micro influenciadores, e enxergam neles uma ferramenta muito mais ágil para conversar com seu público-alvo.
Isso porque a quantidade de informação que chega ao usuário das redes sociais é muito grande, e a briga pela atenção em um determinado produto ou serviço se tornou um verdadeiro ringue. Isso se falarmos de grandes influenciadores então, nem se conta! Veja este exemplo:
Uma grande marca nacional de pneus de carro escolheu um influenciador que tem 18 anos de idade, vive viajando para a Disney, pega UBER toda hora, passa o dia jogando videogame para fazer um #publi (maneira carinhosa de falar propaganda, para seu melhor entendimento). A escolha se deu pelo fato deste influenciador ter atingido a marca de 10 milhões de escritos no Youtube e 2 milhões de seguidores no instagram. Será mesmo que foi uma boa escolha?
E se ao invés do mega Youtuber, a mesma marca de pneus escolher o motorista do UBER que leva o esse menino famoso a todo lado. Vamos analisar o perfil do motorista: ele tem 35 anos de idade, é motorista de aplicativo, todos os dias está usando seu carro como veículo de trabalho, porém tem APENAS 4 mil seguidores no instagram e nem canal no Youtube o coitado tem. Será mesmo que os números do primeiro influencer são prova suficiente para que a marca escolha ele?
Reflita sobre as perguntas a seguir:
Qual dos dois “conversa” mais com o universo da marca? Quem tem mais o “perfil” do cliente ideal que poderá comprar os produtos? Desses 10 milhões de inscritos no Youtube e 2 milhões de seguidores no instagram quantos tem poder de compra quando o assunto é pneu de carros?
É meio óbvio, né? E por isso que número de seguidores e alcance de visualizações às vezes, e estou dizendo ÀS VEZES, não representa nada em relação ao poder de influência que uma pessoa tem sobre sua audiência.
Lembro-me quando o Youtuber Vitor Liberatto não tinha nem 100 mil inscritos no canal do Youtube dele e já havia fechado um trabalho para gravar vídeos em uma viagem paga por todo o Nordeste, ou quando a Nina Secrets ainda sonhava em receber a placa de 100 mil e já gravava vídeos de recebidos.
A grande questão é a qualidade do conteúdo que você produz, e se esse conteúdo está conversando com o público que aquela determinada marca está procurando atingir. Pare de usar a desculpa de números de seguidores e descubra qual o seu nicho. E, assim que descobrir, se torne referência para todos aqueles que estão buscando conteúdo relacionado a ele.
Nicho, quanto mais específico é menor ele vai ser, consequentemente, menos seguidores – porém não proporcionalmente menos compradores.
Ficou muito confuso? Conta o que você achou e se ficou com alguma dúvida nos comentários aqui embaixo.
Até a próxima.
Excelente reflexão, intermediei duas “Influencers” da Cidade para um cliente meu.
No entanto, uma outra pessoa com menos de 10% de seguidores no instagram que estas, deu muito mais resultado de vendas e visitas ao estabelecimento do as “influencers”.
Exatamente! Essa análise não deve ser baseada apenas em fatores superficiais como número de seguidores, as vezes vale muito mais ter poucos seguidores e todos engajados e possíveis compradores daquele produto ou serviço. As curtidas enganam….
Adorei a material Rafa!
Deve-se atentar também que “influencer” não é vendedor ou seja, o cliente precisa deixar claro o que ele espera com a contratação, vendas ou visibilidade? Entre outros diversos fatores que envolvem um bom resultado do trabalho de um Influencer. Boca a boca todo mundo faz e muitas vezes o resultado pode ser melhor do que quem trabalha com isso, porém toda estratégia envolvida por trás de uma publi é o que diferencia a consciência dos resultados também do pós “venda”.